Empresas familiares

A maioria das empresas tem origem familiar, pois um novo negócio costuma nascer de um sonho, do espírito empreendedor e da ousadia. Em Goiás, não é diferente, temos empresas de diversos tamanhos e em diferentes estágios de desenvolvimento, desde pequenas empresas administradas por um empreendedor, a grandes conglomerados, que são administrados pelas famílias dos fundadores.

O modelo familiar de gerir os negócios pode ser muito bem sucedido até determinada etapa. Mas muitas dessas empresas, ao atingir certo estágio de desenvolvimento e tamanho, tornam-se complexas de se gerenciar com base na intuição e na boa vontade. Nessa fase, é comum o fundador, que ainda é o principal administrador do negócio, reconhecer a necessidade de contratar profissionais externos para ajudá-lo no monitoramento e condução dos negócios.

Não existe fórmula única nesse processo e tampouco garantias de que um novo profissional vá se adaptar ao modus operandi da empresa e à personalidade de seu proprietário. Também é incerto que descendentes do fundador terão competência, disposição e qualificação para manter o sucesso da companhia. Há muitos casos, em que a segunda ou terceira geração de empreendedores não reúnem atributos suficientes para perpetuar o negócio da família. E a sucessão torna-se um grande problema.

Vemos ainda empresas que não tiveram velocidade para se adequar a um cenário mais competitivo. Muitas sucumbiram neste trajeto e não sobreviveram à terceira geração. Por outro lado, existem experiências positivas, nas quais os membros das famílias ao notarem que não tinham descendentes com as competências para prosseguir com o negócio, contrataram profissionais de mercado e passaram a influenciar somente nas estratégias do negócio. Decidiram atuar no conselho de administração da empresa, deixando o dia a dia do negócio para executivos contratados.

Independente do modelo de sucessão adotado para promover a perenidade da empresa familiar, a fórmula para a sustentabilidade do negócio depende da capacidade dos administradores de gerenciar riscos e antecipar mudanças no seu mercado. A visão mercadológica é necessária para que a empresa permaneça competitiva frente a concorrentes e atualizada a novas tecnologias. Além desse modelo de gestão mais estruturado, o novo empresário tem de se capacitar para reunir uma visão mais aprofundada de sua organização de do mercado. Essa combinação possibilita que a empresa continue inovando, e dissemina o espírito empreendedor em toda a equipe de trabalho, inspirando todos a somar resultados em prol de um sonho comum.